Há dias em que só me apetece desaparecer.
Dias esses em que só me apetece chorar. Algo que para mim é extremamente difícil, não sei porquê, já chorei no passado, mas também não foram muitas as vezes.
O aperto que cresce dentro de mim produz-me pensamentos menos bons, menos positivos, que tento processar e voltar a arrumar na caixinha do "impossível de fazer".
Mas depois apetece-me partir e deixar tudo para trás, rasgar os laços e ir, para longe, bem longe. Talvez fosse mais fácil de lidar com tudo isto, "estou longe", "não posso", "teve que ser".
Mas depois lembro-me da pessoa que sou, do que eu considero realmente importante, do que me faz ser eu, e aí a vontade esfria.
Porque, por muito mais fácil que se tornasse estar longe, acho que seria mais difícil não estar aqui para vos abraçar, para rir com vocês, para ouvir as vossas gargalhadas que me enchem o coração, para estar disponível sempre que precisarem de mim.
A cada dia que passa, cresce a certeza de que vocês são a razão do meu ser e que a minha missão é cuidar, cuidar de vocês, encher-vos de amor e carinho, dar-vos colo, dizer-vos que tudo vai ficar bem e que estou aqui, sempre.
E, ao escrever isto, uma lágrima caiu.